Cravo & Canela...
A caminha dela foi íngreme por longa data e ainda hj oscila entre retas e curvas.
Conheceu caminhos espinhosos, pedregosos, traiçoeiros, solitários...
Mas ela parece não sentir a caminhada, seus pés continuam deslizando pelos caminhos da vida como se não existissem as pedras, os obstáculos, as amarguras, as decepções.
Teve época que a poeira das desilusões a cobriu tão por completo que era impossível distinguir seus traços emocionais.
Teve que crescer ainda muito cedo, quando deveria ser filha, mimada, cuidada e protegida, teve que se tornar cuidadora e protetora... Chorou, sofreu, lutou, aprendeu com a vida, cresceu, amadureceu...
Decidiu que teus olhos seriam as janelas de tua alma e ela não permitiria mais vidraças embaçadas em tua vida. Pendurou as lagrimas num varal num dia de sol escaldante e sentada a sombra da varanda (provavelmente ouvindo Bethânia) em total harmonia com teu ‘eu’, ela as viu esvair-se, evaporar, ir embora de vez e isso foi libertador...
Um toque picante, um toque provocante e quem quiser que goste assim.
Nasceu com sangue fervente, desejo aflorado de não levar desaforo pra casa, de ser ela mesma, exatamente como é, seletiva, singular, e engula quem quiser porque ela não é para qualquer um...
È assim que a vejo...
É assim que te admiro...
É assim que te aceito...
E se alguém tentar te mudar, não é digna da pureza que as janelas da tua alma refletem...
Te gosto...
____________________________________________________________By Carol