.anitnelav

 
Rejestracja: 2007-03-15
"Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação."
Punkty163więcej
Następny poziom: 
Ilość potrzebnych punktów: 37
Ostatnia gra
Domino

Domino

Domino
3 lat temu

Amar amando-se...

"Enquanto não encerramos um capítulo, não podemos partir para o próximo. Por isso é tão importante deixar certas coisas irem embora, soltar, desprender-se.

As pessoas precisam entender que ninguém está jogando com cartas marcadas, às vezes ganhamos e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Encerrando ciclos.

Não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é."

 Fernando Pessoa

 

 

"Não pretendo um amor sólido tendo em vista a grande possibilidade de um sólido se romper à menor mudança de temperatura de pressão.

Pretendo um amor líquido que se adapte a qualquer recipiente e, sorvido em grandes goles, molhe os lábios, escorra pelo pescoço e umedeça os países ao sul do continente.

Líquido, para que, aquecido, evapore, suba ao céu, chova sobre mim, encharque o chão e tire essa tal de segurança de debaixo dos meus pés e deixe lama entre meus dedos.

não pretendo um amor assim, concreto,

não pretendo um amor assim, rígido,

não pretendo um amor, assim, sólido

mas líquido, incerto, insólito.

E se uma frente fria vinda diretamente da Patagônia torná-lo gelo, frio, pedra, que baste deixá-lo ligeiramente exposto ao seu olhar e ele, regredindo a seu estado original, volte a matar essa sede amiga, inseparável, do sertão de nós."

André Gonçalves

 

 

 

“Por muito tempo achei que a ausência é falta. 

E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. 

Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. 

E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim!“ 

Carlos Drummond de Andrade